Anticorpos neutralizantes anti-rábicos em macacos-prego de Ribeirão Preto


A raiva é uma zoonose mantida por ciclos domesticos rurais e salvagens. A raiva humana transmitida por animais selvagens tem sido relatada principalmente no norte e nordeste do Brasil. Positividade para essa zoonose em morcegos teve um aumento de 44% na regiao do Riberão Preto. O macaco prego Cebos apella nigritus habita diferente tipos de floresta no Brasil e conciderando a proximidade desse com os morcegos e os riscos de contato com o humano o objetivo deste trabalho foi avaliar o contato do macaco prego com o vírus da raiva.

A raiva constitui um problema de saúde publica no país, apresentando registro em varias especies de animais e sendo transmitida por morcegos e macacos. Nos ultimos cinco anos mais de duas milhões de pessoas buscaram atentimento por se julgarem expostas pelo vírus da raiva. Neste contexto especies como o macaco prego que tem contato direto com os animais domesticos ou seres humanos constitui a real ameaça a saúde pública. As epizootias e enzootias dependem da dinamica da população, quando existe alta densidade populacional a raiva pode se espalhar facilmente e um grande numero de animais pode morrer, quando a dencidade é baixa a raiva tende a desaparecer. Dependendo das circunstancias ao redor de cada surto de raiva, pode ser util a vacinação de mamiferos silvestres de vida livre ou a redução da população seletiva.

Não sabe-se ainda a real eficácia da vacinação contra a raiva nas espécies silvestres e também não existem vacinas licenciadas para estes animais. Apenas zoologicos e instituições de pesquisa tem a permição de estabelecer programas de vacinação que tenha como meta proteger animais de valor. Então tornase necessario uma grande intensificação da vigilância epidemiológica desses animais e nos estudos que dizem respeito a participação desses animais no ciclo epidemiológico da raiva. De acordo com este trabalho o contato dos macacos com vírus da raiva tem como principal fonte a presença de morcegos em habitats comuns a ambas espécies.


Referências:

Anais XII Abravas 2009