Exame de fezes em mamíferos silvestres para verificação de parasitismo por Cryptosporidium SP


Os Zoológicos são locais onde ocorre uma aglomeração de animais em um local relativamente pequeno. Somando a isso o contato dos animais com o homem, torna-se um local de disseminação de zoonoses.

A criptosporidiose, uma enteropatia auto-limitante e sem graves consequências para indivíduos sadios, torna-se perigosa quando afeta crianças e indivíduos imunodeficientes.

Com um ciclo de vida simples e rápido, o coccídeo tem um forte poder de infecção. O oocisto do, penetra no organismo por via oral ou nasal, liberando seus esporozoítos no tubo digestivo, que então se fixará no citoplasma dos enterócitos,principalmente nas microvilosidades.Então ocorre uma multiplicação dentro do intestino e os oocistos formados são eliminados nas fezes, começando assim um novo ciclo.

Outra característica importante do é que ele possui baixa especificidade por hospedeiro, afetando assim as mais variadas espécies.

Esse coccídeo causa hiperplasia das criptas intestinais, diminuição das vilosidades, aumento da produção de muco e destruição dos enterócitos Com isso diminui o ganho de peso, afetando tanto animais de produção quanto selvagens.

Em mamíferos, foi detectado 8,8% de positividade desse coccídeo em Odocoileus virginianus com mais de 6 meses de idade e 5,0% em animais da mesma espécie até 6 meses de idade. Ale´m disso, os animais silvestres servem como focos de contaminação para criptosporidiose. Considerando a falta de informações sobre essa enfermidade, foi realizado um trabalho em mamíferos silvestres mantidos em cativeiro no Parque do Sabiá, em Uberlândia, Minas Gerais.

Referência:
http://www.seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/viewFile/6392/4129