“O sistema imunológico, ou sistema imune, é de grande eficiência no combate a microorganismos invasores. Ele também é responsável pela "limpeza" do organismo, ou seja, a retirada de células mortas, a renovação de determinadas estruturas, rejeição de enxertos e memória imunológica. Também é ativo contra células alteradas, que diariamente surgem no nosso corpo, como resultado de mitoses anormais. Essas células, se não forem destruídas, podem dar origem a tumores”.

Referência:
curioclassicotorneios.blogspot.com/2010/02/atividade-fisica-e-nutricao-receita-de.html

Macacos imunes à AIDS podem ser chave da cura

Foram realizados estudos em duas espécies de macacos portadores de VIS (vírus da imunodeficiência dos símios) que nunca chegaram a sofrer AIDS. Isso aumenta as perspectivas sobre uma possível cura da doença em humanos.

Tal estudos, denominado Penn Study, foi realizado em espécies originarias na África, o macaco-verde africano (Chlorocebus aethi- ops) e o mangabei-cinzento (Cercocebus atys). Ambos são considerados hospedeiros naturais, inclusive o último é o provável hospedeiro original do que viria a ser o HIV2 ou vírus da imunodeficiência humana tipo 2.

Pesquisadores americanos se encarregaram do mangabei, enquanto franceses do Instituto Pasteur cuidaram do macaco-verde. Ambos os resultados foram parecidos. As duas espécies apresentaram uma resposta imune inata à doença. Porém tal resposta é rapidamente controlada, impedindo que as defesas se fragilizem, e consequentemente o desenvolvimento de AIDS.

Em humanos, o vírus induz muito rapidamente a uma inflamação, que gera ativação crônica e disfunções graves no sistema imune. Entretanto, tais símios apresentam uma capacidade superior de controlar suas próprias defesas. “Os mangabeys são capazes de rapidamente “desligar” a resposta imunitária depois da infecção inicial com SIV, permanecendo saudáveis”, disse Steven E. Bosinger, primeiro autor do estudo conduzido nos EUA citado pelo site da Internet Science Daily.

Desde meados da década de 1990 tem sido percebida uma melhoria radical no tratamento, principalmente no uso de antiretrovirais. No entanto, em 2006, havia quase 40 milhões de pessoas infectadas com AIDS no mundo. Mais da metade na própria África, onde os recursos são muito limitados.

Referencias:
http://www.criandomsn.com/?p=2218

"Immune response and Chlorinated Organic Pollution in Polar Bears". Consequências dos elementos tóxicos nos ursos polares.


Pesquisadores canadenses e noruegueses desenvolveram um estudo cujos resultados forneceram respostas definitivas sobre a probabilidade e os mecanismos prováveis, através do qual os poluentes que estão sendo liberados no meio ambiente pelo homem podem afetar a atividade imunológica dos ursos polares.


Esse estudo inclui uma avaliação das interações entre os níveis de imunoglobulinas e exposição PCB em ursos polares; o efeito da exposição PCB alta na capacidade dos ursos de produzir anticorpos contra variados antígenos testados; a relação entre PCB exposição e a proliferação de linfócitos em ursos polares e os efeitos da exposição in vitro de linfócitos de congéneres PCB.



O projeto culminou num desenvolvimento de um excelente método para estudo e a avaliação das células brancas do sangue. Isso é de suma relevância para avanços e evolução dos estudos nas áreas de biologia celular, imunologia e fisiologia em ursos polares. Ainda mais, representa a base dos métodos para medir a imunidade mediada por célula a micróbios, para testar como os poluentes ambientais, infecções, fatores nutricionais, fome e estresse podem influenciar a função dos linfócitos e as demais células de defesa do organismo do animal.



De acordo com o estudo, elevadas exposições dos animais à PCB relevaram prejudicar a função dos linfocitos, a concetração de IgG e a capacidade de produzir anticorpos após a imunização de alguns ursos com microbióticos.



Mais uma vez estudos científicos comprovam como a ação humana inconsciente vêm devastando a meio ambiente em larga escala.



Referências :

Salmonelose em animais silvestres

As salmoneloses aviárias são enfermidades provocadas por bactérias do gênero Salmonella.
Essas bactérias infectam as aves e podem causar três enfermidades

distintas:

- A pulorose, cujo agente é a Salmonella Pullorum;

- O tifo aviário, causado pela Salmonella Gallinarum;

- E o paratifo aviário, causado por qualquer outra Salmonella sp que não seja a S. Pullorum ou S. Gallinarum.

O primeiro relato de salmonelose em aves foi no século passado em um surto de enterite em pombos. A prevalência de sorotipos de salmonelas de aves muda de ano para ano, mas vários sorotipos são constantemente encontrados com alta incidência, tais como, S. Heldelberg, S. Enteritidis e S. Typhimurium.

A Pulorose é uma doença infecciosa altamente contagiosa que afeta todas as espécies de aves, incluindo galinhas e perus. É causada pela Salmonella Pullorum, que se localiza nas gônadas (ovários e testículos), fígado, baço, coração e outros órgãos internos. Raramente presente no trato digestivo. Afeta aves jovens nas primeiras semanas de vida, determinando mortalidade que pode variar de 0 (zero) a 100%, dependendo da virulência da cepa, susceptibilidade e condições do lote. Pode haver retenção do saco da gema e o fígado está, invariavelmente, aumentado de volume, podendo apresentar pequenos pontos de coloração clara na sua superfície. Os sintomas são raros em aves adultas que não mostram sinais de doença, mas podem ser portadoras. A S. Pullorum tem baixa resistência fora do hospedeiro.

A principal forma de transmissão é transovariana. Nessa doença ocorre a contaminação dos folículos da gema durante sua formação. Entretanto, aves

portadoras produzem um pequeno número de ovos contaminados. Após a eclosão, conseguem nascer disseminam a doença a outros normais no nascedouro, nas caixas e para os galpões de criação.

Já os répteis, em geral, são portadores assintomáticos de Salmonella spp, manifestando a doença somente em casos de queda de imunidade. Segundo alguns autores, estudos realizados demonstraram que portadores sadios desta bactéria apresentam a infecção de forma latente. O estresse produzido através do transporte, colocação em novo ambiente, mudança alimentar ou de manejo, ou simples exposição em um "Pet Shop", pode levar à ativação do processo infeccioso latente, com conseqüente eliminação de Salmonella pelas fezes.

Amostras de fezes são colhidas nos casos de infecção intestinal. No caso de infecção sistêmica, amostra de sangue é colhida para hemocultura padrão. Cultivam-se o baço e a medula óssea para o diagnóstico post mortem de salmonelose sistêmica.

A terapia de suporte é o principal tratamento para a forma entérica de salmonelose. O uso de agentes antimicrobianos é controverso. Alguns estudos mostram que antibióticos não alteram o curso da doença. Adicionalmente, existe evidência de que antibióticos promovem o estado de portador e selecionam cepas resistentes. Defensores do uso de antibióticos recomendam um membro da classe de drogas das fluoroquinolonas (por exemplo, enrofloxacina ou ciprofloxacina) em pacientes humanos e nas espécies animais que não produzem derivados para consumo humano. O tratamento da forma sistêmica de salmonelose inclui terapia de suporte e terapia antimicrobiana.

Por esse motivo estudos referentes à sanidade dos animais silvestres e exóticos devem ser incrementados para melhor conhecer a disseminação deste patógeno no meio ambiente.

Referências:

http://www.revista.inf.br/veterinaria11/revisao/edic-vi-n11-RL85.pdf



Exame de fezes em mamíferos silvestres para verificação de parasitismo por Cryptosporidium SP


Os Zoológicos são locais onde ocorre uma aglomeração de animais em um local relativamente pequeno. Somando a isso o contato dos animais com o homem, torna-se um local de disseminação de zoonoses.

A criptosporidiose, uma enteropatia auto-limitante e sem graves consequências para indivíduos sadios, torna-se perigosa quando afeta crianças e indivíduos imunodeficientes.

Com um ciclo de vida simples e rápido, o coccídeo tem um forte poder de infecção. O oocisto do, penetra no organismo por via oral ou nasal, liberando seus esporozoítos no tubo digestivo, que então se fixará no citoplasma dos enterócitos,principalmente nas microvilosidades.Então ocorre uma multiplicação dentro do intestino e os oocistos formados são eliminados nas fezes, começando assim um novo ciclo.

Outra característica importante do é que ele possui baixa especificidade por hospedeiro, afetando assim as mais variadas espécies.

Esse coccídeo causa hiperplasia das criptas intestinais, diminuição das vilosidades, aumento da produção de muco e destruição dos enterócitos Com isso diminui o ganho de peso, afetando tanto animais de produção quanto selvagens.

Em mamíferos, foi detectado 8,8% de positividade desse coccídeo em Odocoileus virginianus com mais de 6 meses de idade e 5,0% em animais da mesma espécie até 6 meses de idade. Ale´m disso, os animais silvestres servem como focos de contaminação para criptosporidiose. Considerando a falta de informações sobre essa enfermidade, foi realizado um trabalho em mamíferos silvestres mantidos em cativeiro no Parque do Sabiá, em Uberlândia, Minas Gerais.

Referência:
http://www.seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/viewFile/6392/4129

Vírus da Imunodeficiência Felina


O vírus da imunodeficiência felina, FIV, causa uma doença crônica semelhante ao vírus da AIDS nos humanos, pois estes vírus provem da mesma familia. Este vírus afeta tanto os felinos selvagens quanto aos domesticos, o primeiro relato deste vírus em felinos selvagens foi em 1989. As alterações de imunodeficiência dos felinos foram observadas pela infecção de vírus T – linfotrópico (FTLP). Esta nomeclatura foi utilisada pelo fato de que esses vírus foram encontrados em células linfocíticas do sangue periférico em felinos e pelo seu aparente tropismo por células T in vitro.

O vírus pode ser encontrado na saliva, sangue, soro, plasma e liquido cérebro-espinhal de felinos infectados. A sua transmissão é feita principalmente pela saliva atraves de mordidas, por esse motivo os machos sao mais afetados pois são mais agressivos que as fêmeas. Alem da mordida também pode ser transmitido pela cópula.
Apos a inoculação o vírus é carreado para os linfonodos regionais assim se replicando em linfócitos T. Assim o vírus concegue se espalhar para o resto dos linfocentros encontrados no corpo do animal. Com a evolução da doença ocorre um decressimo nos neutrófilos e de certo tipos de linfócitos T helpers podendo ate resultar em uma futura anemia. Acredita-se que o vírus seja apresentado aos linfócitos T CD4+ pelas células dendríticas assim ocorrendo a redução destes linfócitos. Com a redução dos linfócitos T CD4+ ocorre um aumento de interleucina-6 pelos macrofágos, ocorrendo também hipergamaglobulinemia devido ao aumento policlonal das células B.

O curso clínico da infecção por FIV pode ser dividido em cinco estágios. A primeira fase é a aguda, a segunda é a fase de portador assintomático, a terceira é a fase de persistente linfadenopatia, a penultima fase é a do complexo relacionado à AIDS, por fim a ultima fase é a fase terminal – Síndrome da Imunodeficiência adquirida.

Referência:
http://www.mainecoon-info.com/conteudo/index.php?&option=com_content&task=view&id=9

Répteis em cativeiros e doenças associadas



Os diferentes e variados habitats que são criados para criação de répteis em cativeiros influenciam bastante para alta incidência de doenças e injúrias. O confinamento cria variados graus de estresse, que freqüentemente levam a alterações comportamentais com sérias conseqüências, o que é um risco para o animal.

Estudos recentes em répteis de cativeiro mostram que a natureza do ambiente no qual o animal se encontra é essencial para se manter um animal saudável, sendo muitas doenças que acontecem em répteis cativos, se não todas, resultadas de habitat artificial inapropriado. Por isso, quando se pensa em manter um réptil em cativeiro, faz-se necessário manter umidade, temperatura e fomites apropriados para cada espécie.

Varias doenças como gastrenterites severas, pneumonias bacterianas e sepse sao as principais emergências infecciosas bacterianas encontradas na rotina clínica de répteis, especialmente quando as condições de cativeiro não são adequadas.
Como em qualquer outro animal, as bactérias podem causar doenças basicamente por dois mecanismos: invasão de tecidos ou produção de toxina. Varias bactérias patogênicas têm sido encontradas nos répteis. A maior parte delas são Gram-negativas. Como exemplo podemos citar Salmonella sp., Pseudomonas sp., Klebsiella sp., Aeromnas sp., Protteu sp., Escherichia coli, dentre outras. Grande parte dessas desenvolve os dois mecanismos de doença citados.

A conclusão que se chegou com o estudo é que além do ambiente ser de suma relevância para o bem estar do animal criado em cativeiro, as condições de estresse na qual o animal se encontra também é importante. Portanto, cuidados e atenções são especiais para que se animal esteja sempre saudável e bem.