“O sistema imunológico, ou sistema imune, é de grande eficiência no combate a microorganismos invasores. Ele também é responsável pela "limpeza" do organismo, ou seja, a retirada de células mortas, a renovação de determinadas estruturas, rejeição de enxertos e memória imunológica. Também é ativo contra células alteradas, que diariamente surgem no nosso corpo, como resultado de mitoses anormais. Essas células, se não forem destruídas, podem dar origem a tumores”.

Referência:
curioclassicotorneios.blogspot.com/2010/02/atividade-fisica-e-nutricao-receita-de.html

Macacos imunes à AIDS podem ser chave da cura

Foram realizados estudos em duas espécies de macacos portadores de VIS (vírus da imunodeficiência dos símios) que nunca chegaram a sofrer AIDS. Isso aumenta as perspectivas sobre uma possível cura da doença em humanos.

Tal estudos, denominado Penn Study, foi realizado em espécies originarias na África, o macaco-verde africano (Chlorocebus aethi- ops) e o mangabei-cinzento (Cercocebus atys). Ambos são considerados hospedeiros naturais, inclusive o último é o provável hospedeiro original do que viria a ser o HIV2 ou vírus da imunodeficiência humana tipo 2.

Pesquisadores americanos se encarregaram do mangabei, enquanto franceses do Instituto Pasteur cuidaram do macaco-verde. Ambos os resultados foram parecidos. As duas espécies apresentaram uma resposta imune inata à doença. Porém tal resposta é rapidamente controlada, impedindo que as defesas se fragilizem, e consequentemente o desenvolvimento de AIDS.

Em humanos, o vírus induz muito rapidamente a uma inflamação, que gera ativação crônica e disfunções graves no sistema imune. Entretanto, tais símios apresentam uma capacidade superior de controlar suas próprias defesas. “Os mangabeys são capazes de rapidamente “desligar” a resposta imunitária depois da infecção inicial com SIV, permanecendo saudáveis”, disse Steven E. Bosinger, primeiro autor do estudo conduzido nos EUA citado pelo site da Internet Science Daily.

Desde meados da década de 1990 tem sido percebida uma melhoria radical no tratamento, principalmente no uso de antiretrovirais. No entanto, em 2006, havia quase 40 milhões de pessoas infectadas com AIDS no mundo. Mais da metade na própria África, onde os recursos são muito limitados.

Referencias:
http://www.criandomsn.com/?p=2218

"Immune response and Chlorinated Organic Pollution in Polar Bears". Consequências dos elementos tóxicos nos ursos polares.


Pesquisadores canadenses e noruegueses desenvolveram um estudo cujos resultados forneceram respostas definitivas sobre a probabilidade e os mecanismos prováveis, através do qual os poluentes que estão sendo liberados no meio ambiente pelo homem podem afetar a atividade imunológica dos ursos polares.


Esse estudo inclui uma avaliação das interações entre os níveis de imunoglobulinas e exposição PCB em ursos polares; o efeito da exposição PCB alta na capacidade dos ursos de produzir anticorpos contra variados antígenos testados; a relação entre PCB exposição e a proliferação de linfócitos em ursos polares e os efeitos da exposição in vitro de linfócitos de congéneres PCB.



O projeto culminou num desenvolvimento de um excelente método para estudo e a avaliação das células brancas do sangue. Isso é de suma relevância para avanços e evolução dos estudos nas áreas de biologia celular, imunologia e fisiologia em ursos polares. Ainda mais, representa a base dos métodos para medir a imunidade mediada por célula a micróbios, para testar como os poluentes ambientais, infecções, fatores nutricionais, fome e estresse podem influenciar a função dos linfócitos e as demais células de defesa do organismo do animal.



De acordo com o estudo, elevadas exposições dos animais à PCB relevaram prejudicar a função dos linfocitos, a concetração de IgG e a capacidade de produzir anticorpos após a imunização de alguns ursos com microbióticos.



Mais uma vez estudos científicos comprovam como a ação humana inconsciente vêm devastando a meio ambiente em larga escala.



Referências :

Salmonelose em animais silvestres

As salmoneloses aviárias são enfermidades provocadas por bactérias do gênero Salmonella.
Essas bactérias infectam as aves e podem causar três enfermidades

distintas:

- A pulorose, cujo agente é a Salmonella Pullorum;

- O tifo aviário, causado pela Salmonella Gallinarum;

- E o paratifo aviário, causado por qualquer outra Salmonella sp que não seja a S. Pullorum ou S. Gallinarum.

O primeiro relato de salmonelose em aves foi no século passado em um surto de enterite em pombos. A prevalência de sorotipos de salmonelas de aves muda de ano para ano, mas vários sorotipos são constantemente encontrados com alta incidência, tais como, S. Heldelberg, S. Enteritidis e S. Typhimurium.

A Pulorose é uma doença infecciosa altamente contagiosa que afeta todas as espécies de aves, incluindo galinhas e perus. É causada pela Salmonella Pullorum, que se localiza nas gônadas (ovários e testículos), fígado, baço, coração e outros órgãos internos. Raramente presente no trato digestivo. Afeta aves jovens nas primeiras semanas de vida, determinando mortalidade que pode variar de 0 (zero) a 100%, dependendo da virulência da cepa, susceptibilidade e condições do lote. Pode haver retenção do saco da gema e o fígado está, invariavelmente, aumentado de volume, podendo apresentar pequenos pontos de coloração clara na sua superfície. Os sintomas são raros em aves adultas que não mostram sinais de doença, mas podem ser portadoras. A S. Pullorum tem baixa resistência fora do hospedeiro.

A principal forma de transmissão é transovariana. Nessa doença ocorre a contaminação dos folículos da gema durante sua formação. Entretanto, aves

portadoras produzem um pequeno número de ovos contaminados. Após a eclosão, conseguem nascer disseminam a doença a outros normais no nascedouro, nas caixas e para os galpões de criação.

Já os répteis, em geral, são portadores assintomáticos de Salmonella spp, manifestando a doença somente em casos de queda de imunidade. Segundo alguns autores, estudos realizados demonstraram que portadores sadios desta bactéria apresentam a infecção de forma latente. O estresse produzido através do transporte, colocação em novo ambiente, mudança alimentar ou de manejo, ou simples exposição em um "Pet Shop", pode levar à ativação do processo infeccioso latente, com conseqüente eliminação de Salmonella pelas fezes.

Amostras de fezes são colhidas nos casos de infecção intestinal. No caso de infecção sistêmica, amostra de sangue é colhida para hemocultura padrão. Cultivam-se o baço e a medula óssea para o diagnóstico post mortem de salmonelose sistêmica.

A terapia de suporte é o principal tratamento para a forma entérica de salmonelose. O uso de agentes antimicrobianos é controverso. Alguns estudos mostram que antibióticos não alteram o curso da doença. Adicionalmente, existe evidência de que antibióticos promovem o estado de portador e selecionam cepas resistentes. Defensores do uso de antibióticos recomendam um membro da classe de drogas das fluoroquinolonas (por exemplo, enrofloxacina ou ciprofloxacina) em pacientes humanos e nas espécies animais que não produzem derivados para consumo humano. O tratamento da forma sistêmica de salmonelose inclui terapia de suporte e terapia antimicrobiana.

Por esse motivo estudos referentes à sanidade dos animais silvestres e exóticos devem ser incrementados para melhor conhecer a disseminação deste patógeno no meio ambiente.

Referências:

http://www.revista.inf.br/veterinaria11/revisao/edic-vi-n11-RL85.pdf



Exame de fezes em mamíferos silvestres para verificação de parasitismo por Cryptosporidium SP


Os Zoológicos são locais onde ocorre uma aglomeração de animais em um local relativamente pequeno. Somando a isso o contato dos animais com o homem, torna-se um local de disseminação de zoonoses.

A criptosporidiose, uma enteropatia auto-limitante e sem graves consequências para indivíduos sadios, torna-se perigosa quando afeta crianças e indivíduos imunodeficientes.

Com um ciclo de vida simples e rápido, o coccídeo tem um forte poder de infecção. O oocisto do, penetra no organismo por via oral ou nasal, liberando seus esporozoítos no tubo digestivo, que então se fixará no citoplasma dos enterócitos,principalmente nas microvilosidades.Então ocorre uma multiplicação dentro do intestino e os oocistos formados são eliminados nas fezes, começando assim um novo ciclo.

Outra característica importante do é que ele possui baixa especificidade por hospedeiro, afetando assim as mais variadas espécies.

Esse coccídeo causa hiperplasia das criptas intestinais, diminuição das vilosidades, aumento da produção de muco e destruição dos enterócitos Com isso diminui o ganho de peso, afetando tanto animais de produção quanto selvagens.

Em mamíferos, foi detectado 8,8% de positividade desse coccídeo em Odocoileus virginianus com mais de 6 meses de idade e 5,0% em animais da mesma espécie até 6 meses de idade. Ale´m disso, os animais silvestres servem como focos de contaminação para criptosporidiose. Considerando a falta de informações sobre essa enfermidade, foi realizado um trabalho em mamíferos silvestres mantidos em cativeiro no Parque do Sabiá, em Uberlândia, Minas Gerais.

Referência:
http://www.seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/viewFile/6392/4129

Vírus da Imunodeficiência Felina


O vírus da imunodeficiência felina, FIV, causa uma doença crônica semelhante ao vírus da AIDS nos humanos, pois estes vírus provem da mesma familia. Este vírus afeta tanto os felinos selvagens quanto aos domesticos, o primeiro relato deste vírus em felinos selvagens foi em 1989. As alterações de imunodeficiência dos felinos foram observadas pela infecção de vírus T – linfotrópico (FTLP). Esta nomeclatura foi utilisada pelo fato de que esses vírus foram encontrados em células linfocíticas do sangue periférico em felinos e pelo seu aparente tropismo por células T in vitro.

O vírus pode ser encontrado na saliva, sangue, soro, plasma e liquido cérebro-espinhal de felinos infectados. A sua transmissão é feita principalmente pela saliva atraves de mordidas, por esse motivo os machos sao mais afetados pois são mais agressivos que as fêmeas. Alem da mordida também pode ser transmitido pela cópula.
Apos a inoculação o vírus é carreado para os linfonodos regionais assim se replicando em linfócitos T. Assim o vírus concegue se espalhar para o resto dos linfocentros encontrados no corpo do animal. Com a evolução da doença ocorre um decressimo nos neutrófilos e de certo tipos de linfócitos T helpers podendo ate resultar em uma futura anemia. Acredita-se que o vírus seja apresentado aos linfócitos T CD4+ pelas células dendríticas assim ocorrendo a redução destes linfócitos. Com a redução dos linfócitos T CD4+ ocorre um aumento de interleucina-6 pelos macrofágos, ocorrendo também hipergamaglobulinemia devido ao aumento policlonal das células B.

O curso clínico da infecção por FIV pode ser dividido em cinco estágios. A primeira fase é a aguda, a segunda é a fase de portador assintomático, a terceira é a fase de persistente linfadenopatia, a penultima fase é a do complexo relacionado à AIDS, por fim a ultima fase é a fase terminal – Síndrome da Imunodeficiência adquirida.

Referência:
http://www.mainecoon-info.com/conteudo/index.php?&option=com_content&task=view&id=9

Répteis em cativeiros e doenças associadas



Os diferentes e variados habitats que são criados para criação de répteis em cativeiros influenciam bastante para alta incidência de doenças e injúrias. O confinamento cria variados graus de estresse, que freqüentemente levam a alterações comportamentais com sérias conseqüências, o que é um risco para o animal.

Estudos recentes em répteis de cativeiro mostram que a natureza do ambiente no qual o animal se encontra é essencial para se manter um animal saudável, sendo muitas doenças que acontecem em répteis cativos, se não todas, resultadas de habitat artificial inapropriado. Por isso, quando se pensa em manter um réptil em cativeiro, faz-se necessário manter umidade, temperatura e fomites apropriados para cada espécie.

Varias doenças como gastrenterites severas, pneumonias bacterianas e sepse sao as principais emergências infecciosas bacterianas encontradas na rotina clínica de répteis, especialmente quando as condições de cativeiro não são adequadas.
Como em qualquer outro animal, as bactérias podem causar doenças basicamente por dois mecanismos: invasão de tecidos ou produção de toxina. Varias bactérias patogênicas têm sido encontradas nos répteis. A maior parte delas são Gram-negativas. Como exemplo podemos citar Salmonella sp., Pseudomonas sp., Klebsiella sp., Aeromnas sp., Protteu sp., Escherichia coli, dentre outras. Grande parte dessas desenvolve os dois mecanismos de doença citados.

A conclusão que se chegou com o estudo é que além do ambiente ser de suma relevância para o bem estar do animal criado em cativeiro, as condições de estresse na qual o animal se encontra também é importante. Portanto, cuidados e atenções são especiais para que se animal esteja sempre saudável e bem.

Descoberta a causa dos tumores faciais nos diabos-da-Tasmânia


No final de 2009, foram apresentados os resultados de um estudo, realizado pela Universidade de Camberra, que revelam as causas do aparecimento de tumores faciais em diabos-da-Tâsmania, estima que essa doença tenha dizimado pelo menos 60% de todos os animais desta espécie.

Para se obter estes resultados, foram feitas colheitas de 25 animais de locais diferentes, a partir destas colheitas foi possível constatar que se tratavam de um tipo celular, que em condições normais, só eram encontradas no sistema nervoso periférico e que, nestes casos, foram encontradas na face dos animais junto das ulcerações. E estas células depois se degeneram e atingem órgãos vitais destes animais, levando-os a morte.

Já se tinha o conhecimento de que a degeneração destas células, que resulta na morte destes animais, se iniciava depois que esses animais eram mordidos por outros animais já doentes, e que após manifestarem a doença morriam dentro de 9 semanas.
Agora já se sabe que se trata de um tipo de cancro (tumor) que afeta apenas esta espécie, e também quais são os motivos que levam ao desenrolar desta doença. Através deste estudo descobriu-se também que os animais mais velhos são mais vulneráveis a esta doença do que os mais jovens.

Agora que existem dados concretos sobre esta doença, fica-se à espera de tratamentos, vacinas, que possam evitar essa morte acelerada destes animais doentes, para que assim possa evitar a extinção desta espécie.

Esta foi a pior catástrofe que recaiu sobre os animais desta espécie, desde que a caça foi proibida, em 1941, e o governo da Tasmânia já foi levado a tomar medidas excepcionais para a sua proteção.

Referências:


http://bicharada.net/animais/noticias.php?nid=1139

Anticorpos neutralizantes contra os vírus da cinomose e parainfluenza caninos em cães e felinos silvestres em cativeiro


Os vírus da cinomose canina (CDV) e parainfluenza canino (CPIV) infectam uma grande variedade de espécies e estão presentes em todo o mundo. O CDV é um dos mais importantes agentes infecciosos dentre os Canídeos, e recentemente foi detectado com causa de morbidade e mortalidade em mamíferos aquáticos e grandes felinos. Já o CPIV, altamente contagioso entre os cães, pode infectar roedores e gatos em infecções experimentais.

Um estudo foi realizado com o intuito de se aumentar os conhecimentos sobre a prevalência de CDV e CPIV em cães e felinos selvagens mantidos em cativeiro. Para tanto, soros desses animais foram testados buscando anticorpos neutralizantes contra amostras padrão do CDV e do CPIV.

Foram testados soros de 173 cães, sendo que 9,1% apresentavam anticorpos neutralizantes anti-CDV do tipo Rockborn e 4,1% do tipo Snyder-Hill. Já para o parainfluenza canino, a prevalência de anticorpos neutralizantes foi de 51,4%.Pode-se concluir que a população de cães amostrada apresenta poucos indícios de contato prévio com CDV, o que sugere grande suscetibilidade à cinomose. Já o CPIV parece circular amplamente nesta população.

No Brasil não existem relatos de CDV e CPIV em felinos silvestres, então se verificou a possibilidade de infecções em tais animais. Foram então testados soros de 84 felinos de diferentes espécies nativas do Brasil (Leopardus tigrinus, Puma concolor, Leopardus wiedii, Herpailurus yaguarondi, Panthera onça), todos mantidos em cativeiro. Todos se apresentarm soronegativos as amostras de CDV e CPIV utilizadas. Isso mostra que tais vírus não circulam entre essas populações, mas não exclui a possibilidade de infecção dessas espécies.

Referências:
http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/8197
http://www.conscienciacomciencia.com.br/wp-content/uploads/2010/03/on%C3%A7a-pintada5.jpg

Anticorpos de Tubarões


Os tubarões apresentam um dos sistemas imune mais eficiente do Reino Animal, um dos motivos é justamente por serem criaturas que habitam os oceanos a milhões de anos, desde a época dos dinossauros. Os anticorpos de tubarões são os menores entre os animais, cerca de dez vezes menores que os de humanos, talvez seja por essa característica que o sistema imune destes animais é tão eficiente no combate a infecções e vírus.

Pesquisadores da Universidade La Trobe em Melbourne na Austrália utilizaram os anticorpos de tubarões justamente por esses animais apresentarem um forte sistema imune e por raramente serem suscetíveis a infecções. Os pesquisadores conceguiram comprovar que os anticorpos de tubarões resistem a altas temperaturas e também as adversidades ambientais em relação ao pH, atuando tanto em ambientes alcalinos quanto ácidos. O que significa que esses anticorpos podem sobreviver em ambientes como o aparelho digestivo humano, podendo assim iniciar o desenvolvimento de tratamentos por via oral, com a utilização de pílulas.

O professor Mick Foley da Universidade La Trobe afirmou que as moléculas do sistema imune dos tubarões podem se associar as células cancerígenas, assim contendo sua disseminação. Atualmente já é comprovado que os anticorpos destes peixes de esqueleto cartilaginoso pode retardar a proliferação do câncer de mama. Contudo pesquisas continuam sendo realisadas para a possivel utilização destes anticorpos em outras doenças além do câncer, como a malária e artrite reumatóide.

Referências:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/10/081014_tubarao_cancer.shtml
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/06/070616_cancertubaraoebc.shtml

Nutrição e Imunologia em Aves



A saúde das aves é de suma relevância as implicações da indústria agropecuária e avícola, devido a desafios sanitários atuais associados a práticas de produção, que envolvem manejo, nutrição e práticas genéticas. Essas extensivas práticas visam a manutenção às vezes a manutenção de um sistema imunológico forte, para que possa sempre combater agentes infecciosos possível nesses animais.

Com esse abrangente interesse em se manter o sistema imunológico das aves resistente, uma nova área de pesquisa tem sido criada, e tem atraído muita atenção de pesquisadores, veterinários e avicultores de modo geral. Há recentes estudos que mostram que com administrações razoáveis de doses de vitaminas, aminoácidos e minerais tem efeitos relatados sobre a imunidade humoral e celular, ou seja, uma imunomodulação por meio de uma boa nutrição.

A nutrição como meio para “remodelar” o sistema de defesa do organismo, possivelmente um estado ideal de imunidade, tem se tornado bem relevante não apenas em casos de imunodepressões ou em casos clínicos de doença, mas também para manter um sistema imune saudável ainda mais saudável. Um exemplo disso poderia ser citar que pesquisas mostram que a vitamina A aumenta o crescimento e a eficiência alimentar das aves, mas não sendo ainda o necessário para um ótimo desenvolvimento de um sistema imune, podendo ser necessários 5 a 20 vezes mais vitamina.

Entretanto, é importante que se avalie e estude a relevância e as vantagens de ser usar suplementos nutricionais para fortalecimento e potencializarão do sistema imunológico, como em casos de auxilio, por exemplo, de imunodeficiências ou imunodepressões.



Referências
Cardoso, A.L.S.P. Influência de níveis de zinco e vitamina E, isolados e associados, sobre o desempenho e a resposta imunológica humoral em frangos de corte. 2004. 88f. Dissertação (Mestrado em Nutrição e Produção Animal) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, Pirassununga, 2004.
Ribeiro, A.M.L.; Kindlein, G. Nutrição e função imune em aves. In: ENCONTRO TÉCNICO SOBRE AVICULTURA DE CORTE DA REGIÃO DE DESCALVADO, IV., 2000, Descalvado, SP. Descalvado: 29 de novembro de 2000. p.12-22.
Silva I.C.M.; Ribeiro, A.M.L. Interação entre a nutrição e a imunologia em aves. Avisite Produção Animal - Avicultura, n.22, p.18-25, 2009.

Anticorpos neutralizantes anti-rábicos em macacos-prego de Ribeirão Preto


A raiva é uma zoonose mantida por ciclos domesticos rurais e salvagens. A raiva humana transmitida por animais selvagens tem sido relatada principalmente no norte e nordeste do Brasil. Positividade para essa zoonose em morcegos teve um aumento de 44% na regiao do Riberão Preto. O macaco prego Cebos apella nigritus habita diferente tipos de floresta no Brasil e conciderando a proximidade desse com os morcegos e os riscos de contato com o humano o objetivo deste trabalho foi avaliar o contato do macaco prego com o vírus da raiva.

A raiva constitui um problema de saúde publica no país, apresentando registro em varias especies de animais e sendo transmitida por morcegos e macacos. Nos ultimos cinco anos mais de duas milhões de pessoas buscaram atentimento por se julgarem expostas pelo vírus da raiva. Neste contexto especies como o macaco prego que tem contato direto com os animais domesticos ou seres humanos constitui a real ameaça a saúde pública. As epizootias e enzootias dependem da dinamica da população, quando existe alta densidade populacional a raiva pode se espalhar facilmente e um grande numero de animais pode morrer, quando a dencidade é baixa a raiva tende a desaparecer. Dependendo das circunstancias ao redor de cada surto de raiva, pode ser util a vacinação de mamiferos silvestres de vida livre ou a redução da população seletiva.

Não sabe-se ainda a real eficácia da vacinação contra a raiva nas espécies silvestres e também não existem vacinas licenciadas para estes animais. Apenas zoologicos e instituições de pesquisa tem a permição de estabelecer programas de vacinação que tenha como meta proteger animais de valor. Então tornase necessario uma grande intensificação da vigilância epidemiológica desses animais e nos estudos que dizem respeito a participação desses animais no ciclo epidemiológico da raiva. De acordo com este trabalho o contato dos macacos com vírus da raiva tem como principal fonte a presença de morcegos em habitats comuns a ambas espécies.


Referências:

Anais XII Abravas 2009

Zoonoses em animais silvestres

Por ser um país de dimensões continentais, o Brasil apresenta enorme biodiversidade. Devido ao aumento de cidades e crescentes avanços na agricultura e pecuária, ocorre um maior contato entre seres humanos, animais domésticos e animais silvestres.

Conseqüentemente, esses contatos levam a uma disseminação mais abrangente de agentes infectocontagiosos entre as espécies.

Com isso doenças que não tinham importância epidemiológica se disseminam. Zoonoses “doenças ou infecções que se transmitem naturalmente, entre os animais vertebrados e o homem, ou vice-versa” também podem ocorrer, o que aumenta a preocupação da Saúde Pública.

A falta de pesquisas e conhecimento sobre ecoepidemiologia faz com que não se tenha muitas opções no controle dessas doenças. Os animais silvestres da fauna brasileira estão localizados na natureza (vida silvestre) ou no cativeiro vivendo em parques zoológicos (zôos), criadouros conservacionistas, científicos ou comerciais, institutos de pesquisa, centros de triagem e reabilitação, ou em residências de munícipes (criados ilegalmente como animais de estimação). Esses animais podem ser vetores de zoonoses. Os principais condicionantes para disseminação de fatores de risco são:


a) introdução de animais domésticos e/ou homem em um foco natural;b) translocação de um hospedeiro infectado a um novo biótipo, donde existam hospedeiros suscetíveis;c) modificação da dinâmica dos hospedeiros ou alteração do equilíbrio ecológico;d) falta de alimento, o que obriga os animais reservatórios a translocar-se a outras biocenoses;e) intervenção do homem na modificação dos ecossistemas;f) mutações positivas no processo epidêmico do agente etiológico, facilitando sua disseminação;g) intervenção das aves migratórias e dos vetores.


O programa de controle de zoonoses em animais silvestres consiste em:
- Planejar, coordenar, executar e avaliar as ações de controle e diagnóstico;- Estudar a dinâmica das populações animais silvestres de interesse em saúde pública e animal;- Realizar o atendimento à população com relação ao controle das zoonoses;- Promover controle e a vigilância entomológica;- Realizar diagnósticos laboratoriais;- Divulgar resultados às entidades competentes;- Desenvolver programas em parceria com universidades, institutos de pesquisas e com as instituições que possuem animais silvestres em seu plantel;- Realizar a notificação de focos principalmente para as doenças (zoonoses) de notificação compulsória.


Vacinação em Lobo Guará


O lobo guará e os animais domésticos apresentam em diversos casos ambos susceptibilidade para diversos patógenos. Durante os anos de 1980-97 estudos comprovaram estatisticamente as três principais causas de morte de lobos guarás criados em cativeiro. Os resultados seguem: 38% das mortes foram causadas por incompetência parental, 9% por doenças infecciosas e 7% por alteração do sistema digestório. Observando mais precisamente os 9% de óbito causado por doenças infecciosas descobriu-se que 53% das mortes foram atribuídas a viroses caninas, 20,8% a cinomose e 23,1% a parvovirose sendo que essas duas doenças representam 4% do total de óbito.

O primeiro registro de lobos guarás infectados com o vírus da cinomose canina (CDV) foi em 1956 no San Diego Zoological Gardens. Apenas em 1983 que foram constatados resultados satisfatórios com a imunização de lobos guarás contra a CDV. Essas vacinas foram feitas com vírus vivo modificado (VVM) originarias de culturas de fibroblastos de embriões de galinhas (FEG) ou de ovos embrionados de aves SPF, porém registros ressaltam que vacinas realizadas a partir de outras técnicas vêm sendo utilizadas, como por exemplo, quando VVM contra CDV originária de cultura de células de rim de cão foi utilizada, o que é tão eficaz como as VVM descritas anteriormente. A parvovirose teve seu primeiro caso observado em 1979 em San Antonio Zoological Garden, porém no Brasil só foi constatado em 1984 quando um surto de enterite hemorrágica ocorreu no Zoo de São Paulo.

Após a realização da vacinação dos animais do experimento, foi realizada uma avaliação pós-vacinal que demonstrou que dos 47 animais vacinados, 34 tiveram a capacidade de desenvolver título de anticorpos neutralizantes contra CDV iguais ou maiores a 100, 9 desenvolveram título entre 30 e 100 e apenas 4 apresentaram um título inferior a 30. Já em relação ao CPV 45, dos 47 animais vacinados, foram capazes de desenvolver título de anticorpos iguais ou maiores a 80 e somente 2 tiveram uma resposta inferior a 80.




Pode-se concluir, com base nos resultados, que lobos guarás responderam bem a vacinação com VVM desenvolvida para cães domésticos. Nenhum dos animais vacinados apresentou qualquer tipo de reação indesejável, isso provavelmente graças a proximidade filogenética entre o lobo guará e os cães domésticos. A vacina utilizada provou ser segura tanto para animais filhotes quanto para animais adultos.





Os animais vacinados mantiverem os títulos estáveis ao longo do ano, porém por mais que esses títulos possam perdurar por mais de 12 meses, é recomendado uma revacinação anual, assim como nos cães domésticos.

Com base nesses resultados, foi sugerida ao Comitê de Manejo do Lobo Guará a adoção do seguinte programa de vacinação contra CDV e CPV:

1) Filhotes de lobos guarás, nascidos em cativeiro ou sem histórico de vacinação: vacinação recomendada a partir dos 45-60 dias de vida com três doses consecutivas de vacina polivalente, em intervalos de 21-30 dias;

2) Lobos guarás adultos sem histórico de vacinação: recomendada a vacinação com duas doses consecutivas de vacina polivalente, em intervalos de 21-30 dias;

3) Lobos guarás adultos com histórico de vacinação: revacinação anual;

4) Vacinação pré-cobrição de fêmeas para conferir proteção passiva ao filhotes.





REFERÊNCIAS:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-09351999000500003&script=sci_arttext

Traslocação de animais silvestres pode afetar sistema imunológico dos animais





















Um dos meios pelo qual os animais em uma certa região podem ser prejudicados é através da translocação de animais silvestres de uma fauna para outra na qual estes animais não são caracterizados como nativos. Essa inclusão, seja feita por tráfego ilegal ou reintrodução pode acarretar na introdução de novos patógenos ou patógenos já extintos no local, assim afetando os animais nativos. Dessa forma os animais nativos são altamente prejudicados por não apresentarem um sistema imune eficaz contra as novas enfermidades que podem vir dos novos patógenos. Um exemplo a ser observado ao decorrer da historia foi a introdução de perus selvagens translocados para o meio oeste norte americano que por seqüência introduziu o Plasmodium kempi neste local.

A introdução de animais exóticos em uma fauna pode também apresentar um risco para os animais a serem introduzidos. Os animais nativos naturalmente já apresentam imunidade aos patógenos existentes na região onde vivem, o que não ocorre com os animais que foram recentemente introduzidos ou mantidos em cativeiro assim facilitando a ocorrência de graves epizootias. Um exemplo a ser observado foi no programa de reintrodução do furão-de-pata-preta (Mustela nigripes) nas pradarias norte-americanas que foram contaminados por Yersinia pestias levando a um número elevado de mortes.

A translocação de animais silvestres de uma região para outra pode não necessariamente causar danos para a fauna selvagem, mas para os animais domésticos daquele local. Nesse caso os animais silvestres agem como vetores de determinado patógeno o qual os animais domésticos nunca foram expostos e apresentam elevada suscetibilidade a desenvolver patologias. Isso alem de disseminar uma doença nunca existente ou extinta em determinado local pode causar grandes impactos econômicos para a região. Um exemplo a ser observado é a epizootia bovina que ocorreu na África no final do século XIX, o que eliminou populações inteiras de bovinos da região.

Outro problema que pode ser causado pela translocação de animais silvestres de uma região para outra e a infecção desses próprios animais pelos animais domésticos dessa região. Isso ocorre devido à falta de adequações imunitárias dos animais que foram translocados. Esses animais caso não recebam vacinas adequadas e por nunca terem sido expostos a patógenos presentes na região ficam com seu sistema imune vulnerável. Além disso os animais translocados não receberiam os mesmos tratamentos que os animais domésticos, mas não entraremos nesse mérito. Um exemplo a ser observado foi a recente translocação de cachorros-selvagens-africanos (Lycaon pictus) na África Oriental, o que causou a morte de vários desses animais por cinomose.


Referências:
conservando.wordpress.com
www.veterinaria-nos-tropicos.org.br/suplemento11/178-181.pdf